Foto: Reprodução / Blog Life Dance |
En dehors. Uma pequena frase que os bailarinos aprendem logo nos primeiros anos de estudo clássico e muitos ainda sofrem com esse movimento. Criado para dar mais estabilidade ao artista, já que os figurinos utilizados em 1530 eram muito pesados, o en dehors significa “para fora”. Anatomicamente falando, é uma rotação externa do fêmur na fossa do acetábulo, auxiliado pelos músculos do obturador interno, obturador externo, piriforme, quadrado femoral, gêmeo inferior e gêmeo superior.
Normalmente, uma pessoa possui um
en dehors de 40 a 50 graus em
cada uma das articulações femorais, o que soma um ângulo de 80 a 100
graus. Mas, se colocarmos um bailarino na 1ª posição, seus pés podem atingir
180º.
Mesmos os pés sendo uma peça
importante para o movimento, eles não devem comandar essa ação. Ao fazer um en dehors, o aluno deve estar atento à
musculatura, mantendo uma contração constante (isométrica) dos músculos
já mencionados, pertinentes ao trabalho. A rotação dos pés sempre
acompanha a rotação dos joelhos, consequentemente a da articulação coxofemoral,
para que não ocorram compensações de peso como: curvatura acentuada em região
lombar (hiperlordose), deslocamento da pelve anterior ou anteriorizaçao das
costelas.
Para conseguir uma maior rotação é
preciso treinar. Porém, nem todos os alunos conseguirão chegar ao tão sonhado ângulo
de 180 graus. O estudante de balé deve entender que cada corpo possui um limite
e é importante respeitá-lo. Ao forçar as limitações dos membros, as lesões
aparecem na musculatura de quadríceps, rotadores e abdutores.
Confira no vídeo abaixo alguns exercícios de fortalecimento da
musculatura:
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