quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Como melhorar o en dehors


Foto: Reprodução /  Blog Life Dance

En dehors. Uma pequena frase que os bailarinos aprendem logo nos primeiros anos de estudo clássico e muitos ainda sofrem com esse movimento. Criado para dar mais estabilidade ao artista, já que os figurinos utilizados em 1530 eram muito pesados, o en dehors significa “para fora”. Anatomicamente falando, é uma rotação externa do fêmur na fossa do acetábulo, auxiliado pelos músculos do obturador interno, obturador externo, piriforme, quadrado femoral, gêmeo inferior e gêmeo superior.

Normalmente, uma pessoa possui um en dehors de 40 a 50 graus em cada uma das articulações femorais, o que soma um ângulo de 80 a 100 graus. Mas, se colocarmos um bailarino na 1ª posição, seus pés podem atingir 180º.
Mesmos os pés sendo uma peça importante para o movimento, eles não devem comandar essa ação. Ao fazer um en dehors, o aluno deve estar atento à mus­cu­la­tura, man­tendo uma con­tra­ção cons­tante (iso­mé­trica) dos mús­cu­los já mencionados, per­ti­nen­tes ao tra­ba­lho. A rotação dos pés sempre acompanha a rotação dos joelhos, consequentemente a da articulação coxofemoral, para que não ocorram compensações de peso como: curvatura acentuada em região lombar (hiperlordose), deslocamento da pelve anterior ou anteriorizaçao das costelas.


Para conseguir uma maior rotação é preciso treinar. Porém, nem todos os alunos conseguirão chegar ao tão sonhado ângulo de 180 graus. O estudante de balé deve entender que cada corpo possui um limite e é importante respeitá-lo. Ao forçar as limitações dos membros, as lesões aparecem na musculatura de quadríceps, rotadores e abdutores.
Confira no vídeo abaixo alguns exercícios de fortalecimento da musculatura:

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