Foto: Reprodução / Google imagens |
Ao praticar uma atividade física,
corremos o risco de lesionar nosso corpo, e na dança não é diferente.
Para uma performance adequada o bailarino tem que ter flexibilidade articular,
força muscular e um preciso controle do movimento. Durante as comemorações doDia Internacional da Dança, a fisioterapeuta Vanessa Pessoa Navarro deu
uma palestra mostrando quais são as lesões mais comuns e como preveni-las.
Iniciando a sua explanação,
Vanessa explicou aos participantes do “Aulas Abertas” que os ossos são unidos através de ligamentos e por músculos, sendo que a parte final
deles, que se prende aos ossos, é denominada tendão. “Graças aos
ligamentos que o ombro, o quadril, o joelho e o tornozelo dão a estabilidade
para os músculos produzirem um movimento”, explica.
"[...] É comum não aceitarmos nossas limitações, e muitas vezes forçamos o corpo excessivamente. E é nessa hora que aparecem as lesões", explica Vanessa |
Segundo a fisioterapeuta, os
bailarinos possuem um nível muito alto de exigência corpórea, deixando-os
vulneráveis a lesões e dores pelo corpo. “Também faço aulas e sei que a gente
sempre quer fazer o movimento certinho. Então é comum não aceitarmos nossas
limitações, e muitas vezes forçamos o corpo excessivamente. E é nessa hora que
aparecem as lesões”, fala.
De acordo com Vanessa, as lesões
mais comuns são: tendinites; a fascite plantar; estiramento ou distensão dos
adutores do quadril; as fraturas por estresse de tíbia e metatarsos; o hálux
valgus, também conhecido como joanete; e as lesões ligamentares, relacionadas
com as entorses do tornozelo e do pé. Esses problemas podem surgir devido ao
não aquecimento adequado das estruturas e/ou alongamento excessivo em
exercícios para aumentar a amplitude de movimento.
A profissional afirma que os
bailarinos devem construir a sua força e flexibilidade de forma lenta e segura,
e o aquecimento dos músculos principais do corpo é uma ação importante para
prevenir acidentes. “Aquecer e alongar
são coisas extremamente importantes. Para que o aluno evite essas lesões, ele
tem que fazer alongamentos. Antes da aula para soltar os músculos e, para
compensar os exercícios, depois também”, afirma.
Foto: Reprodução / Flickriver |
Saber diferenciar a dor de uma
simples fadiga ou de uma lesão é essencial para tratar um problema
precocemente. Vanessa ressalta que o aluno deve ser capaz de interpretar os
sinais que o corpo emite quando algo não vai bem. “É preciso que a gente
respeite os limites do nosso corpo. Se durante um simples aquecimento os nossos
movimentos são restringidos, há uma dor e ela persiste durante e depois das
aulas, é sinal de que algo está errado”, salienta.
Por isso é importante que o aluno
desenvolva um trabalho de percepção e conhecimento corporal, reconhecendo suas
habilidades. Mesmo que não seja seu objetivo ser um bailarino profissional, fique
atento a qualquer indício de lesão e, assim que for identificada, procure
avaliação especializada, tornando mais fácil o tratamento.
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