sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Grandes Histórias: George Balanchine


Foto: Reprodução / Artnet
George Balanchine é um dos grandes gênios do balé do século XX. Balanchine não só elevou os termos de complexidade técnica e virtuosismo, como tem sido um dos coreógrafos mais prolíficos da história. De origem russa, naturalizado americano, é uma das figuras mais proeminentes do balé, especialmente no estilo neoclássico. 

Foto: Reprodução / Rachael Helms
Filho de um compositor, seu nome verdadeiro era Georgy Melitonovich Balanchivadze e nasceu em 22 de janeiro de 1904, em São Petersburgo, na Rússia. Formado em uma das mais tracionais escolas de balé de São Petersburgo, a Academia de Ballet Imperial,  graduou-se com honras em 1921. Nesse mesmo ano, ingressou no corpo de baile do Estado, no Teatro Académico de Ópera e Ballet, o antigo Ballet Maryinski. Começou sua carreira em 1921 como bailarino, mas logo se distinguiu como coreógrafo, participando de eventos de vanguarda durante os anos vinte.  

Foto: Reprodução / Pesha
Sua carreira alavancou quando ele se juntou a Serge Diaghilev em 1924,para uma turne na Europa ocidental.   Pouco depois, Sergei  nomeou Balanchine como coreógrafo da companhia, função que ocupou até 1929, ano da morte de Diaghilev.
Durante o seu trabalho com Diaghilev, ele criou duas obras consideradas como sua marca registrada: Apollo (1928) e O Filho Pródigo (1929).  Em 1934, ele voou para os Estados Unidos, sob o patrocínio de Lincoln Kirstein e fundou a School of American Ballet, pilar para as companhias americanas de balé, como o New York City Ballet.

Foto: Reprodução / Balanchine.org

Sob sua liderança, o New York City Ballet se tornou uma das mais famosas companhias do mundo, com um repertório que consiste em grande parte de sua história coreográfica.
Balanchine é considerado como o mais importante representante do neoclassicismo no balé, herdeiro do famoso Marius Petipa e da tradição do balé russo do século XIX. Por ser contra o balé narrativo, Balanchine era considerado como mestre do bailado abstrato ou neoclássico, em que a dança explora o benefício do movimento do corpo e seu esquema com relação à música no qual a própria dança era o elemento central do enredo e o moviemento do corpo servia como contraponto à música. 

Foto: Reprodução / Quotes Says
Conhecido por sua sensibilidade musical, devido a esse estilo neoclássico e razões econômicas,  desprezava os cenários e os figurinos.  Implementou uma postura corporal precisa e com linhas alongadas, preocupou-se com o uso extensivo do espaço e incrementou mais vivacidade e velocidade às danças.  Dos 425 trabalhos concebidos por Balanchine os mais importantes são Apollon Musagète (1928), O Filho Pródigo (1929) , The Four Temperaments (1946), Ivesiana (1954), Liebeslieder Walzer (1960), Don Quixote (1965) e Jewels (1967).

Foto: Reprodução / Dance Sortium

Devido a Doença de Creutzfeldt-Jakob, que é degenerativa do cérebro, George Balanchine faleceu  em 30 de abril de 1983, nos Estados Unidos da América. Em 1987, foi criada a Balanchine Trust, uma organização que detém os direitos de autor sobre os trabalhos do coreógrafo e que controla a qualidade de vários espetáculos de dança. Em  29 de abril de 2004, foi criado o Dia Mundial da Dança, em comemoração ao centenário de seu nascimento.

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