quinta-feira, 25 de maio de 2017

Vida de Bailarino: A rotina de Samuel Freire no Bolshoi


Foto: Arquivo Pessoal

Para amantes da dança, o Bolshoi é sinônimo de perfeição. A famosa Escola do Teatro Bolshoi no  Brasil, que fica na cidade de Joinville, em Santa Catarina, é a única Escola do Bolshoi fora da Rússia e anualmente seleciona novos talentos para ingressar o seu quadro de alunos.

Foi em busca do sonho em se tornar um profissional que o bailarino Samuel Freire, de 11 anos, mudou de cidade para estudar na tradicional escola de balé russa e a maior do mundo. O ex-aluno do Centro Cubos de Dança foi um dos 20 escolhidos na disputa em que haviam 52 candidatos por vaga e estudará  por oito anos na Escola Bolshoi.  Samuel participou das pré-seletivas e disputou a vaga com cerca de 2.600 jovens. O bailarino foi aprovado na última fase, onde as habilidades técnicas, artísticas, musicalidade, projeção cênica dos candidatos, além do desempenho intelectual, com aplicação de prova escrita (Português e Matemática) foram avaliadas.

Foto: Facebook Escola Bolshoi do Brasil

Há quatro meses em Joinville, Samuel fala que não sentiu dificuldades e que adaptação foi tranquila porque ele conseguiu se enturmar. O sergipano conta também que umas das coisas mais legais, até agora, são as visitas de pessoas famosas, como Zeca Camargo, na Escola Bolshoi.

Hoje, Samuel mantem uma rotina que preza a sua qualidade na dança, já que o ideal da escola brasileira é o mesmo da sede em Moscou, na Rússia: tornar seus alunos protagonistas da sociedade por meio da formação da dança. “Tenho aula de ginástica corporal, ginástica acrobática, DPH (danças populares históricas) e balé clássico. Além das aulas teóricas de iniciação a pesquisa da dança”, conta Samuel.
Foto: Facebook Escola Bolshoi do Brasil

As aulas no Bolshoi iniciam pela manhã e seguem até o meio dia. “Chego ao Bolshoi por volta das 7:10h, guardo meu material no armário, e pego somente o material da primeira aula do dia. Cada dia tem um horário diferente, uma sequência de aulas diferente. Geralmente entre uma aula e outra tenho intervalo das 9:30 as 9:45h. Ao final da última aula do dia é servido almoço a partir das 12h”, explica o bailarino.

A disciplina do bailarino não pode ficar restrita apenas às aulas de dança.  Após o período de aprendizado no Bolshoi, Samuel segue para a escola regular e a noite, ao chegar em casa, não perde o ritmo. “Chego e vou fazer as atividades da escola, estudar para alguma prova ou apresentação de trabalhos. E às 22h vou descansar para recomeçar meu dia”, fala Samuel.

Foto: Facebook Escola Bolshoi do Brasil

O maior sonho do jovem talento é dançar pelo mundo. Para isso, ele persistiu e, além da conquista da vaga na Escola Bolshoi, Samuel já ganhou duas medalhas no Concurso Ballace Kids 2016, em Salvador/ BA - primeiro lugar no solo masculino infanto/juvenil, e segundo lugar no pas de deux, em que dançou com a bailarina do Centro Cubos de Dança, Maria Eduarda Teixeira. 

Para incentivar outros bailarinos Samuel deixa uma mensagem. “Se esforcem, deem o seu melhor. Façam a seleção do Bolshoi. Não percam essa chance e acreditem nos seus sonhos”, aconselha o jovem.

Foto: Arquivo Pessoal



Nenhum comentário:

Postar um comentário